Solanum paralum Bohs

Informações da avaliação de risco de extinção

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Informações sobre a espécie

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Notas Taxonômicas

Descrita originalmente como Cyphomandra heterophylla Taub. na obra Bot. Jahrb S. yst. 15, Beibl. 38: 16 (1893), a espécie foi posicionada dentro do gênero Solanum L. por Bohls (1995). É uma espécie morfologicamente incomum, já que suas características apresentam marcada especialização para os ambientes de restingas em que vivem.

Dados populacionais

A espécie era conhecida até 1998 por apenas quatro coletas, todas efetuadas antes de 1971 (WCMC, 1998). Giacomin (com. pess.) indica uma raridade acentuada deste táxon, com distribuição disjunta e subpopulações compostas por poucos indivíduos.

Distribuição

A espécie é endêmica do Brasil, ocorrendo na Bahia, em São Paulo e Rio de Janeiro (Stehmann et al.,2012). Apresenta distribuição disjunta, com as coletas tendo sido realizadas a longas distâncias uma das outras (WCMC, 1998).

Ecologia

Planta terrícola, arbustiva a arvoreta escandente, com cerca de 3,5 m de altura. Ocorre em Florestas Ombrófilas Densas e Restingas (Stehmann et al., 2009) em formações ombrófilas associadas a Restingas (Giacomin, com. pess.).

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes Por estar localizada ao longo da costa brasileira, a vegetação sobre a restinga, ambiente onde S. paralum ocorre, está sob intensa pressão da ocupação humana e conseqüente alteração da paisagem original, o que dificulta a sua conservação (Mantovani, 2003 ; Rocha et al., 2004). Os ecossistemas de restinga vêm sendo degradados desde a colonização e encontram-se reduzidos a pequenas manchas remanescentes (Araújo; Lacerda, 1987; Mantovani, 2003), constituindo, junto com Florestas Ombrófilas Densa de planice e baixo-montana o conjunto de ecossistemas dos mais ameaçados do bioma Mata Atlântica (Brizzotti et al., 2009). A restinga consiste em uma comunidade de plantas que ocorre no litoral, e inclui praias e dunas. Devido a seu solo arenoso e solto, as restingas são altamente vulneráveis ao impacto antrópico. Uma grande porcentagem já foi destruída pela mineração, pelo desenvolvimento imobiliário e pela agricultura (SEAMA, 2001). A vegetação da restinga é geralmente mais densa e baixa do que outros tipos de vegetação florestal da região, o que faz dela uma fonte de madeira e lenha muito apreciada para residências ou pequenas indústrias (Galindo-Leal; Câmara, 2005).

Ações de conservação

1.2.1.1 International level
Situação: on going
Observações: A espécie foi considerada "Em Perigo" (EN) sob o critério A1c em avaliação de risco empreendida para o Red Listing process da IUCN (WCMC, 1998).

4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: Ocorre em unidades de conservação (SNUC) (Giacomin, com. pess.).

3.2 Population numbers and range
Situação: needed
Observações: Poucas coleções são conhecidas e as subpopulações identificadas, pequenas (Giacomin, com. pess.), carecem de dados quantitativos.